segunda-feira, 30 de março de 2009
Suaves Sons do Infinito
Viagem na Canção Intermezzo (de Laura e Ernesto Cotazar)
Suaves sons do infinito
Remetem aos tons da alma
Num deleite especial
Que eleva, invade e acalma
Um oásis no cotidiano louco,
Neurótico, corrido,
Desse modo de viver,
Sem sentir,
Sem arte,
Carente de serenidade,
De sentimentos sãos,
De emoções boas,
Ternuras, amores,
Doçuras...
Ainda que em meio a tudo
Tenha o projeto de legislação
Artigos, parágrafos, incisos e alíneas...
Nem tão belas
Nem tão finas
Como um instante único
De amor pleno
De saudades,
Do que poderia ter sido
Ou simplesmente
Vivido
É que agora
Nesta hora
Apenas viajo na canção...
segunda-feira, 23 de março de 2009
CHUVA E MAR
Escuna cortando as águas
Ondas dançam no mar
Cardumes velejam serenos
Gaivotas voejam no ar
Ilhas belas
Formas e cores há nelas
Ao sabor do vento
Também veleja
Meu pensamento...
No mar tudo parece paz
Poema a flutuar
Um olhar amigo
Um abraço,
Um abrigo
A leveza de estar
Em boa companhia
A música das águas
Combina com a voz do motor
Ainda lá
Às vezes passa
Um som ensurdecedor
Do bom vivan que acha pouca
A música do mar
E quer fazer valer
Seus mega wats
Mas ele também passa...
A chuva dar o ar de sua graça
Também é lindo ver
Chuva e mar!
terça-feira, 10 de março de 2009
A TUA IDENTIDADE
O que é teu corpo, menino ou menina, homem ou mulher
Senão a expressão da bondade de Deus que te concede vida,
Para aprenderes o amor maior
Que paira além da matéria física?
O que és de fato senão um espírito eterno em andanças
Pelas polaridades concebidas, não apenas para a procriação,
Mas para a manifestação do amor, da solidariedade, do respeito e carinho,
Que não começa nem termina apenas nas sensações que teu corpo te proporciona.
O que é a tua identidade, senão aquela em que podes expressar o amor sem prejuízo de ti mesmo e dos outros?
Aquilo que te domina a ponto de perderes o controle de ti mesmo,
Sem te importares com as dores que podes provocar a ti e a outrem,
Isso é tua prisão momentânea,
Da qual podes te libertar
Porque, o que te caracteriza são as qualidades do espírito eterno,
Que ainda precisa encarnar, enquanto não aprender esse amor
Que independe das polaridades masculina ou feminina para se manifestar.
sábado, 7 de março de 2009
Quase um Diário de Bordo (Rumo à fazenda Azaléia)
A estrada era sinuosa e o dia ensolarado.
A luz do sol incidia sobre as águas do rio espelhando cores multifacetadas.
Os contrastes de sombra e luz produzidos pelos raios de sol e as árvores mais se acentuavam à medida que subíamos a montanha.
Durante o caminho, descobri a linda voz de Juliana...
Num recanto aprazível chegamos todos.
No gramado sob as árvores, um grupo de pessoas especiais nos recepcionaram sorridentes, em acolhedor alarido.
Eu olhei aqueles rostos amigos e senti os cheiros do lugar.
O corpo reclamava suas mazelas mas o espírito livre se energizava e eu ficaria um tempo indefinido ali, só nesse deleite de olhar as fisionomias e sentir-lhes as vibrações...
A minha caminhada foi apenas uma tentativa infrutífera de acompanhar os demais.
Num corpo “que já não me pertence” à guisa do personagem humorístico, ri de minha tola pretensão...
Ainda aí, quer por vontade própria, ou pura solidariedade, retornei acompanhada da figurinha linda de Natália.
Um aparente Senhor “Tio Wallace”, como se fora um menino, era o primeiro da expedição rumo ao cimo da montanha.
Devidamente equipado de sua indefectível máquina fotográfica, da qual não escapava detalhes minúsculos de uma aranha tecendo a sua teia ou dos eventos siderais como uma anunciada chuva de meteoros.
A noite chegou prazenteira.
Pirola e pequeno grupo potencializaram sua incrível energia acendendo a fogueira
Fomos todos rodeá-la, como já o fizemos certamente...
Eram vozes e violão.
A fogueira ardia...
Naquela hora se respirava pura magia...
Eu ficaria ali indefinidamente apenas a sentir a emoção a rolar
E como se fosse pouco, arrebatou-nos a canção...
Nos demos as mãos a cantar “Alegria Cristã”
A sensibilidade do “Tio Wallace” viu que não estávamos sós...
O congraçamento era ainda maior do lado de lá...
Eu flutuava de felicidade. E não fosse a timidez diria em alto e bom som:
Estar com vocês é bom, meu coração se alegra e o peito transborda de gratidão ao Pai, por me permitir e a todos, estar ali, em plena harmonia, vivendo e vibrando a alegria de sentir essa linda energia de amor que faz de nós melhores e mais felizes.
Antes que o dia amanhecesse Tio Wallace, Cloves e sua trupe subiram novamente a montanha e segundo disseram , choveu meteoros estrelas cadentes...
O dia amanheceu bom...
O tempo foi curto pra conversar mais...
Mas eu tive o privilégio de falar de coração pra coração à Luciana.
Maria Clara encantou o dia...
João provou ser filho de Luciana ao sorrir com covinhas!
Enfim, todos estavam lá e eu tive o prazer de conhecer alguns mais.
Como se não bastasse choramos com despedida de Pirola. Eu amo esse menino!
Obrigada aos anfitriões carinhosos Cloves e Graça
Amigos, muito obrigada por esses momentos!
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