segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A COR DA VIDA

Já não escrevo poemas.
A vida faz seus movimentos
Tranpondo-nos de  lugares
Feito dunas ao vento.
Areias movediças parecem sugar
Esforço e energia,
Sonhos e ilusões.
E se não há galhos salvadores às margens,
O viandante perde a vida
E as esperanças  são soterradas.
Mas os climas e os espaços
Felizmente não são apenas dunas e areias movediças...
Podem ser um manancial de aprender
Um livro novo que se faz ao escrever
Sem pressa e sem tensão de se chegar ao final.
Cada palavra, cada sentença, pode ser saboreada
Condensada, mas não tensa...
Os amores não precisam ser lúgubres,
Nem os romances tórridos,
Nem feito de olhos mornos.
Precisam ter apenas o sabor da vida!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PORQUE NOS DEIXAMOS ARRASTAR?

Porque nos deixamos arrastar?
Não sei se  o que há é um ritmo tenso de vida, e de cobranças, e de compromissos...
O certo é que não se pode ser feliz, mesmo o que é possível nesse planeta, se  nos deixamos arrastar por essa corrente avassaladora...
Um grande jogo de interesses pessoais legítimos ou não continua em voga...
Em alguns momentos seria  preciso deixar pra lá... Não levar tão à sério... Não sei...
Aí entram os conflitos intimos de personalidade.
Pessoas mais ou menos compromissadas, mais ou menos flexíveis, mais ou menos  sequiosas por dinheiro ou poder; mais ou menos autoritárias, etc.
Quem haverá de dizer  quais reações são produzidas pelo limiar do convívio  com a insanidade?
Adoece-se no lidar estressante com mentes doentias?
Quem pode  afirmar : Eu não me abalo?
Quem terá realmente o controle de si mesmo, mediante situações limítrofes?
Em que medida  podemos nos colocar à parte, quando mergulhados nas  circunstãncias?
Talvez tudo seja altamente relativo e dependa, das pessoas, suas histórias e circunstâncias.
Uma vez disse que os alienados parecem mais felizes...
Quem tem razão?
Priorizar às próprias necessidades  significa desrespeito aos outros?
Em que medida assumir responsabilidades pode  ser altamente insalubre?
Muitas perguntas. Poucas respostas. Muita busca...






sexta-feira, 23 de julho de 2010

Gérbera

Como pode  uma flor peregrina
Conter tanta beleza divina
Em suas pétalas em cor?
Cada caprichoso formato
Enlaça  a alma no ato
De pura expressão de amor
Gérbera!
Milimétricos desenhos
De contornos delicados
Nem  mesmo o mais fino bordado
Ou um tecido real
Compara-se à textura de tuas  pétalas
À feitura de teus traços
Em tuas cores me embaraço
Em contemplação genuína
És formosa e feminina
Nesses teus gomos perfeitos
Desenhados com esmero
Harmonioso e vibrante
De laranja sutil matiz
Qual o pintor virtuoso
Retrata-te a alma e o encanto?
Aqui vou eu buscando
Traduzir-te a alma bela
És perfeita, és singela
Criação pura de Deus!

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Somos seres emocionais.
Nesse viés, o afeto que se tem para dar  e receber conduz a órbita da vida.
Carecemos de nos sentir queridos, amados, aceitos , desejados, tanto quanto carecemos do alimento que sustenta os nossos corpos perecíveis.
E continuaremos vida afora “carecentes” até desenvolver a capacidade plena de dar amor.
Quando a esse estágio chegarmos, a plenitude de saber amar, não mais seremos vulneráveis a “receber” amor, porque o amor que sentimos, pleno,  ocupará todas as lacunas do ser e se expandirá em onda permanente realizando o seu mister de trocas  harmoniosas e perfeitas.
Até lá, experimentaremos um amor eivado de pequenas ou grandes imperfeições: ciúmes, possessividade, inseguranças, mágoase intolerâncias  diversas...

sábado, 22 de maio de 2010

SOBRE ENGANOS E DESENGANOS

A gente  matura  com o tempo feito fruta...
Há coisas boas e imperceptíveis nesse amadurecer.
Também há confrontos e conflitos  sobre a percepção que tínhamos dessa realidade.
E as cortinas que estavam descerradas aos nossos olhos abrem-se e deixam ver um visual novo, que nem sempre, ou a maioria das vezes não é, nem  mais brilhante nem mais bonito.
Algumas pessoas levam pouco tempo até enxergar a realidade.
Outras, talvez por credulidade, ingenuidade, demoram-se muito a ver.
Caem facilmente no jogo de enganos e acreditam “por princípio” que as pessoas são aquilo que dizem ser...
Que não há jogos de interesse,  nem segundas intenções,  e que prevalece sempre a sinceridade,  a  lealdade, a  ética.
Mas o mundo não é assim.
As pessoas não são assim.
Durante anos pode-se viver uma relação nos moldes do engano.
Onde geralmente a boa fé, a pureza de sentimentos de um é usada a favor de quem é mais “ esperto”.
Há verdadeiros crimes que se cometem nessa área contra o ser humano.
Crimes que não estão previstos no código penal, apenas  na  consciência  ética inscrita em nós.
Talvez o mais comum deles seja manipular o sentimento das pessoas para que elas atendam aos interesses imediatos dos tais “espertos”. Esses costumam ser envolventes, charmosos, e sabem muito bem avaliar as fragilidades e as capacidades do outro, dimensionam bem as competências de que precisam se utilizar. Eles sabem dizer o que o outro deseja ouvir. Sabem ser ternos, carinhosos e amigos, desde que haja algum interesse na relação, algo a usufruir.
São incapazes de sentir remorso, porque pragmatizam e racionalizam os seus motivos e o seu “modus operandi”.
Se a situação muda, e não mais necessitam de “ganhar” a confiança, facilmente mostram a sua face.
Mas se em seguida necessitam dos préstimos da mesma pessoa, “voltam à carga”, sem o menor pejo. E seja por fragilidade, carência afetiva ou ingenuidade, conseguem o que desejam  sempre.
São excelentes atores, verdadeiros “camaleões”, profissionais em manipular emoções e sentimentos em seu favor.
Mas... Pode chegar o momento em que os “manipulados” por fim, deixam “a ficha cair” e os espertos ficam à descoberto.
Todo esse processo tem um ônus emocional importante.      De imediato, perde-se um pouco o brilho do olhar, e sente-se uma tristeza, talvez um sentimento de perda de uma  amizade (que nunca se teve!)
Depois,  pode-se analisar melhor a situação e creditar tudo isso a incapacidade de amar ou a capacidade de amar de cada um...
Talvez o mais importante seja dizer pra si mesma: aprendi. E seguir adiante sem desacreditar da espécie humana.
Mas nenhuma dessas situações acontece sem o beneplácito do tempo e talvez alguma ajuda  direta para não se cair nos mesmos enganos sempre.
Há que se saber “blindar” a alma e cuidar do  sentimento, e mesmo sem partir para o  extremo oposto do tipo “ não acredito mais em ninguém”, seguir vivendo  na intenção e na certeza de que  “ hoje é um belo dia pra se ter alegria”(Robertá Sá) e ser feliz  o quanto nos permita ser nesse mundo.


 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mana,


Todos nós  somos uma partitura  divina

Com melodia própria

Aquela que vibra  as cordas do nosso coração

E coloca em movimento os acordes do amor

Que só nós emitimos...

Às  vezes esquecemos dessa condição privilegiada

De ser filhos sem clones de nosso Pai,

De sermos uma obra de arte de  Deus!

A música que você é no universo,

Faz um concerto  lindo

Com as músicas que se  afinizam pelo mesmo diapasão do amor.

Eu desejo que essa música linda  que você é

Se expanda pelo universo afora

Que componha  belíssimas e originais sinfonias

Alimentadas pela energia de amor  que vem do Pai

E nos sustenta.

Jamais esqueça que você é uma sinfonia de Deus

E nasceu para ser feliz e encantar

Para vc todo o meu amor!

Feliz Aniversário! Joselma

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Homenagem ao Dr. João Alípio




Há dez anos o primeiro paciente deu entrada à sala de cirurgia de um hospital, capitaneado pelas mãos habilidosas e o espírito generoso de Dr. João Alípio e sua Equipe!
De lá para cá muitos desafios vencidos,
Muitos sorrisos abertos,
Muitos resultados emocionantes,
Muitas vidas resgatadas...
Que haveria de ser dos sonhos se as mentes não se dispusessem ao serviço?
Que seria da ciência sem coragem para realizar procedimentos?
Nessa trajetória de dez anos, certamente há estatísticas estimulantes.
Entretanto, nenhum dado é capaz de traduzir o benefício real que cada um dos pacientes usufruiu...
O que significou para cada um ter passado pelo consultório do Dr. João Alípio e tomado a decisão certa.
Há uma década a semente de compromisso com o ser humano, com o resgate de vidas, germinou, floresceu, num trabalho de equipe multidisciplinar, onde o papel que cada um exerce é revelado no brilho do olhar dos pacientes beneficiados...
Eu sou um deles!
O trabalho de vocês é simplesmente maravilhoso!
Sintam-se homenageados nesse dia!
Parabéns!
De todo meu coração, eu agradeço e envolvo a todos em vibrações fraternas...
Muito obrigada ao Dr. João Alípio e sua Equipe nota mil!!

sábado, 20 de março de 2010

REENCONTRO






Alegria do reencontro
A energia sutil de uma história aparentemente esquecida

Nas reentrâncias da memória do ser espiritual que somos nós

Mas a gente reconhece no olhar

No toque das mãos

No sorriso que brota espontâneo

Porque são feitas de aparências

Esse mundo que denominamos real...

Quanta realidade imponderável

Há nesse mundo sutil da energia

Da não forma

Do sentimento genuíno

Da emoção...

O rol de palavras de que dispomos é insuficiente pra traduzir

O sentir,

A emoção,

O amor entre as criaturas,

Isso é real.

Dispensa conceitos

Ou preconceitos

E se impõe pelo simples fato de existir.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Canto de Esperança



Pela janela  aberta passam os ventos da esperança
Estou firme com ela...
Cores verdes e murmúrios de passarinhos furta cor
Chegam do bosque ao lado por minha janela
Doce é a musica da esperança
 Belo o canto da alegria que o trinar dos pássaros anuncia
Ainda que em compasso de espera
O tempo é meu aliado
E corre ao meu favor
Eu sei de um novo amanhã melhor
Eu sinto o novo  tempo que se anuncia!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Igual ao que for na alma

Vislumbrando um raio de sol vou eu...
Céu azul, ainda é dia!
O Astro Rei  domina  o céu
Enquanto antes eu dormia
Duras fadigas dos que precisam ficar ao sol...
Ferve o dia.
Visito salas de atendimento
Como se fôra tour de férias
Demoras...
Ansiedades sem lamentos
Rogo em todas as horas  proteção divina
E mais sabedoria...
Passam-se os dias
Já são quase novas primaveras
E não chega a liberação da cirurgia.
Enfim: dois de março é o dia!
Um bisturi me espera...
E eu não sabia que poderia  haver poesia
Em se submeter à ciência
Dar entrada no lugar da esperança de cura
Deixar- se hidratar por veias
E sair feliz suturada
Quem há de entender tantos caminhos tortuosos
Até chegar feliz ao fim da estrada
Que ao fim leva a algum lugar
Diferente de nada
E igual ao que for na alma...