domingo, 12 de agosto de 2007


PÉTALAS

As pétalas do meu ser enviei.
Foram escolhidas, perfumadas,
Suaves rosas, delicadas...
Saíram de mim mansamente,
Como quando se doa algo que,
Pode ser precioso, mas não se sente...
Saíram indolores, como gotas d’água da fonte.
Saíram puras, genuínas, verdadeiras.
Eram gotas do meu ser,
Não eram as primeiras...
Contei que elas regassem,
Um milímetro de terreno.
Que uma vergôntea que fosse,
Daquelas pétalas nascessem,
Pequenina, mimosa, mas cheia de vida!
Da vida que eu doei quando
Enviei aquelas pétalas de rosas...
Ledo engano, que sói acontecer
Às crianças imaturas!
Os terrenos, às vezes, são rochas duras
Que os homens esqueceram de cuidar.
E mesmo aqueles de “aparências belas”,
São rochas, nada mais,
Envolvidos numa crosta!

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