sexta-feira, 23 de julho de 2010

Gérbera

Como pode  uma flor peregrina
Conter tanta beleza divina
Em suas pétalas em cor?
Cada caprichoso formato
Enlaça  a alma no ato
De pura expressão de amor
Gérbera!
Milimétricos desenhos
De contornos delicados
Nem  mesmo o mais fino bordado
Ou um tecido real
Compara-se à textura de tuas  pétalas
À feitura de teus traços
Em tuas cores me embaraço
Em contemplação genuína
És formosa e feminina
Nesses teus gomos perfeitos
Desenhados com esmero
Harmonioso e vibrante
De laranja sutil matiz
Qual o pintor virtuoso
Retrata-te a alma e o encanto?
Aqui vou eu buscando
Traduzir-te a alma bela
És perfeita, és singela
Criação pura de Deus!

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Somos seres emocionais.
Nesse viés, o afeto que se tem para dar  e receber conduz a órbita da vida.
Carecemos de nos sentir queridos, amados, aceitos , desejados, tanto quanto carecemos do alimento que sustenta os nossos corpos perecíveis.
E continuaremos vida afora “carecentes” até desenvolver a capacidade plena de dar amor.
Quando a esse estágio chegarmos, a plenitude de saber amar, não mais seremos vulneráveis a “receber” amor, porque o amor que sentimos, pleno,  ocupará todas as lacunas do ser e se expandirá em onda permanente realizando o seu mister de trocas  harmoniosas e perfeitas.
Até lá, experimentaremos um amor eivado de pequenas ou grandes imperfeições: ciúmes, possessividade, inseguranças, mágoase intolerâncias  diversas...