domingo, 11 de novembro de 2007


OLHOS VERDE-FOLHA SECA...

Que ao pedir-me assim fico de rastros

Não pelo pedido simplesmente...

Mas porque ouço o som da tua voz doce aos meus ouvidos

E sinto-me mais perto de olhos fitos em ti

Pra ouvir-te mais uma vez, nem é pelo sentido do pedido

Mas pela tua voz que me chega aos ouvidos

Feito uma carícia dos deuses

Ah! Mais vida tivesse e pediria um instante mais...

Poder ouvir-te, o que muito me apraz

Mas esse som terno que solfeja o diminuto nome que me destes

E que o meu coração suplica por vezes

Como única messe: ouvir-te, meu amor

Ouvir-te

De além mar vencendo as procelas próprias das águas fundas

De onde a tempestade sempre se espera

Meu amor... Olhar-te nos olhos

Postos em ti assim quase como uma prece

Queria sim perder-me nessa cor de amêndoas doces sem fim

Olhos meus cor de folha seca, que de longe se vêem verdes postos em ti

Mas quando a emoção alcança-os e os umedecem dessa lágrima furtiva

Mais eles brilham em olhos puros de se ver

Porque a alma por eles desce

E ainda que sustenham a lágrima inconteste

Derramam-se deles o amor com que eu te vejo

E desejaria mais que mais me viste

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