sábado, 3 de novembro de 2007


AS MARÉS DA EMOÇÃO

Há dias de marés tempestuosas, ventos sibilantes, quase sempre sob a camada espessa das convenções sociais...

Há dias de amenas marés, serenas e harmoniosas que dão brilho de paz aos olhos

e deixam a impressão de que a vida é bela...

Há dias vácuos de expectativas...

Eles antecedem e preparam o espírito para acontecimentos imprevistos.

Nesses dias a “estação sai do ar” e entra o programa de “limpeza de tela” adaptando o terreno para o que há de vir...

Há dias alegres e leves que refazem o espírito das lutas cotidianas...

Há dias de hipersensibilidade. Intuição aflorada. Riso e lágrima.

A criatividade transborda e todos os sensores encontram-se aptos a receber e transmitir mensagens.

É senso comum considerar que o ápice do equilíbrio está em manter marés amenas, serenas e harmoniosas. Nesse estado de espírito é como se todos vivessem a usar azul.

Um mundo tranqüilo, igual e talvez entediante...

Mesmo que nos incomodem essas marés emocionais... Como saber da alegria se não vivermos a tristeza? Do gozo sem experimentar o sofrimento? Do bem estar da paz sem as tribulações?

Na dialética da vida aprendemos por meio dos contrastes.

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