sexta-feira, 25 de maio de 2007

NUA DANÇA...



NUA DANÇA

A noite desce
Exalando perfume
O corpo treme
Quase em prece
Olhos cerrados,
Peito ofegante
Falares mudos
De mudas línguas
Toques de harpa
Dedilhando sonatas
De tua pele na minha
Reconheces a estrada
Macia e perfumada
Nas curvas te arriscas
Me revolvo...
Me deleito...
Passeios em templos
Quase fechados
Úmidos vales
Perigosas curvas
Estremeço...
Nos montes é tudo deleite
Picos rijos
Breves açoites
Quando passas...
É quase silêncio
Nessa dança nua
Sigo o compasso
Da música tua...
É quase tortura...
Nos montes que desces
É quase explosão
No limiar do céu...
Orvalhado de amor...
Eu sinto o compasso
É quase êxtase
Me entrego
Em teus braços
É quase dor...
Nós somos um só
No impulso
Do amor


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