domingo, 6 de maio de 2007

Som...Cheiro Bom...











Som... Cheiro Bom...

“Non rien du rien”
Voz rouca... Exageradamente bonita...
Não é pouca bobagem
Uma voz rouca de mulher
Cavilosa, andrógina...
Feminina...
São notas a se derramar no infinito
Transportam meu grito
Rouco também
Carregado de lágrimas
Que implodi
Na intensa voragem.

De densas cores
Pinta-se a paisagem,
Dantes pequena aldeia
Agora uma vila gigante...
As sombras das árvores avançam
E desenham figuras no chão...

Levam as histórias do meu coração
Pelas trilhas sem fim...
Já me senti assim: ”pobre de mim...”
Misturas de branco e preto...
Tons infinitos de cinza...

Ainda hoje, ao som das notas
Que se espalham e preenchem o dia
As mentes, o ar...
Há cores cinza a rondar...

Mas ouso escutar
Sons azuis, violáceos,
Rosa ou carmim
Que sorriem pra mim
E me dizem assim:
Vive mais!
Sofre menos!
Sorri!
Daqui a pouco jaz no chão inerte...
O que a terra tomará de ti...

Há céu azul em derredor...
Índigo blue
Som de blues ecoam no ar...
Mas é um belo som
Pra dançar...
Solta o quadril
Literalmente feminino
Deixa-te levar...
Um novo som vem vindo...

Lindo e puro,
Como cheiro bom
Do café
Na manhã...

Um comentário:

Anônimo disse...

tudo novo aqui!
muito bonito tudo!
beijos